Explorando temas.

Textos sobre temas polêmicos, política, humor e opiniões

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Gandhi

Em um mundo mais desigual e cruel do que o de hoje, a Índia, dominada pela Inglaterra, reunia mais de 3000 etnias em seu território, sem contar a maioria hindu e muçulmana. Pouco importava isso à metrópole que tinha grande interesse na mão de obra colonial, na produção de sal, bem como no destinatário de tudo isso: os próprios indianos, que pagavam preços absurdamente caros pelo material que eles próprios produziam, tudo graças ao colonialismo.

Até que certo dia a metrópole, acostumada com sim, passou a ouvir não. Não iremos trabalhar, não iremos produzir, não iremos brigar, não iremos resistir. Mahatma Gandhi iniciou a desobediência civil e conseguiu reunir, apesar de todas diferenças imagináveis, as mais variadas etnias para um único objetivo: a independência da Índia.

Com uma dignidade inabalável, depois de mais de vinte anos de sangue derramado apenas por um lado, os indianos tiveram sua independência – não havia mais como ignorar tanta injustiça e truculência por parte da metrópole.

Decretada a independência, alguns hindus começaram a achar que não deviam habitar o mesmo território que muçulmanos e viceversa. Onde já se viu tanto desrespeito? Como eu posso respeitar uma pessoa que usa turbante na cabeça? Como eu posso conviver com alguém que acha que as vacas são sagradas? Ou seja, nenhuma intolerância muito diferente da que fazemos hoje sobre travestis, templos de umbanda, pessoas que escutam tal tipo de música, ou qualquer outro grupo vítima de discriminação.

Voltando à discórdia inicial, Índia se divide entre ela e o Paquistão. Alguns ainda não ficam satisfeitos e começa uma guerra. Gandhi procura a paz. Consegue. Começa outra guerra. Gandhi procura a paz. Consegue de novo. Começa mais uma outra guerra e nesta Gandhi morre.

Dizem que os ensinamentos de vultos históricos ficam para a eternidade. Mahatma Gandhi pregava a paz entre as pessoas, a tolerância, o amor. Pena que não o ouvem muito hoje.

Nenhum comentário:

Postar um comentário